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" Ocorre que somos uma categoria desunida. Enquanto existem 2.800 entidades representativas das diversas modalidades profissionais, a maioria com representação exclusiva e outra multiprofissionais, existem apenas 14 ABENC estaduais e outras 3 entidades, as únicas que representam exclusivamenteos engenheiros civis. Ou ocupamos o espaço que nós é devido ou passaremos a ser espectador de nossa exclusão " Enéas Cardoso de Almeida Filho - Presidente da ABENC/BA
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CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL - características e aplicação Por Wellington L. Repette Pergunte-se: não seria interessante um concreto que, uma vez lançado, se movesse por conta própria e preenchesse, sem necessitar de nenhuma intervenção, os espaços da fôrma? Pois o concreto auto-adensável tem essa capacidade. Além de não necessitar ser adensado com vibrador, não segrega e não aprisiona ar em excesso. Como resultado, sua aplicação é rápida, requer menos mão-de-obra, e não deixa ninhos de concretagem. Por essas e outras razões, o CAA é cada vez mais empregado como material de construção, tanto nos setores de pré-moldados e pré-fabricados, como para as aplicações de concreto no local. Neste artigo, descrevem-se as características do concreto auto-adensável, com ênfase nas propriedades no estado fresco e em sua composição. O que é CAA? As características do concreto fresco é que diferenciam o CAA do concreto convencional. O CAA tem que apresentar elevada fluidez e deformabilidade, além de elevada estabilidade da mistura, que lhe confere três características básicas e essenciais:  habilidade de preencher espaços nas fôrmas;  habilidade de passar por restrições;  capacidade de resistir à segregação. Muitos insucessos na aplicação do CAA relacionam-se à elevada segregação, que resulta no afundamento dos agregados e na separação da água da mistura: a exsudação. Assim, o CAA tem que ser fluido, deformável e, ao mesmo tempo, coeso. Ensaios e requisitos no estado fresco Os métodos de ensaio do CAA diferem dos empregados na avaliação do concreto convencional somente para as determinações das propriedades no estado fresco. As características essenciais do CAA são satisfatoriamente avaliadas com o espalhamento do tronco de cone, tempo de escoamento no funil-V e do desempenho ao escoamento e passagem por restrições na caixa-L. Tanto no laboratório quanto no recebimento em obra, os três ensaios devem ser realizados. Materiais e proporcionamento (dosagem) No proporcionamento do CAA, alguns princípios básicos devem ser considerados: a) para se conseguir elevada fluidez, a pasta do concreto deve lubrificar e espaçar adequadamente os agregados, de forma que o atrito interno entre os mesmos não comprometa a capacidade do concreto de escoar; b) para que o CAA apresente resistência à segregação e seja capaz de passar por restrições sem que haja bloqueio, a pasta deve ter viscosidade suficientemente elevada a fim de manter os agregados em suspensão, evitando que segreguem pela ação da gravidade. Outros fatores que controlam a segregação são a quantidade e a distribuição granulométrica dos agregados, sendo que as distribuições contínuas são as mais adequadas para esse fim; c) a capacidade de passar pelos espaços entre as armaduras, e dessas com as paredes das fôrmas, limita o teor e a dimensão dos agregados graúdos na mistura. Materiais e composições típicas Em princípio, todos os tipos de cimento empregados na produção do concreto convencional podem ser utilizados na produção do CAA. Não há restrições para os teores dos materiais componentes do CAA, desde que satisfeitos os requisitos do concreto nos estados fresco e endurecido. No entanto, algumas particularidades cabem ser mencionadas:  frequentemente, mas não exclusivamente, um superplastificante à base de ácido policarboxílico (carboxilato) é utilizado;  o teor de finos (partículas com diâmetro £ 0,075 mm) tipicamente fica entre 400 kg/m³ e 600 kg/m³. A relação de água - finos totais fica entre 0,80 e 1,10, em volume;  o uso de aditivo promotor (ou modificador) de viscosidade não é essencial a todas as misturas, mas é especialmente importante quando as partículas finas não estão presentes em volume suficiente;  em muito casos os CAA podem resultar mais baratos e com melhor qualidade com o uso de agregados graúdos de até 10 mm de diâmetro;  o volume de agregado miúdo está, em geral, entre 35% e 50%, e o volume de agregado graúdo entre 25% e 35%. Aspectos que merecem particular atenção Grande parte dos métodos usados com sucesso para a dosagem de concretos convencionais não são adequados para o proporcionamento racionalizado do CAA. Além disso, os aditivos não devem ser usados como forma de corrigir proporcionamentos (traços) inadequados. O teor de cimento pode ser reduzido pela adição de finos ativos ou inertes, de forma a garantir o teor necessário de finos para assegurar adequadas coesão e estabilidade no estado fresco. Concretos auto-adensáveis não necessitam ser autonivelantes. Deve-se lembrar que quanto mais fluido for o concreto, maior será seu custo. Além disso, é difícil o controle de aplicação e o rastreamento do CAA de elevada fluidez na concretagem de vigas e lajes, pois o concreto literalmente "foge" do lugar de aplicação. A obtenção de CAA a partir de traços de concretos convencionais pela simples incorporação de finos, do uso de superplastificante de base ácido carboxílico e do aumento do seu teor, geralmente resulta em CAA de baixa qualidade e com custo elevado. O uso de métodos de dosagem apropriados para CAA, como, por exemplo, o de Okamura e o de Repette-Melo, é o primeiro passo para se alcançar, na plenitude, os benefícios do uso do CAA. Aplicação do CAA como substituto do concreto convencional A avaliação do uso do CAA nas obras convencionais de estruturas de concreto armado é um passo importante para a disseminação e aperfeiçoamento desse material e dessa tecnologia. A avaliação, descrita a seguir, atesta as vantagens e a facilidade do uso desse material. O estudo deu-se no âmbito dos trabalhos da Comunidade da Construção Florianópolis e foi realizado entre setembro e dezembro de 2004. Descrição As aplicações de CAA e de concreto convencional foram monitoradas durante a construção de duas lajes de um edifício residencial, uma feita com CAA e outra com concreto convencional (abatimento de 10 cm). As fôrmas e cimbramentos foram os mesmos para ambas as lajes. Os concretos foram produzidos em central e transportados em caminhões com capacidade de 8 m³. As betonadas do CAA tinham 5 m³, e as de concreto convencional, 8 m³. Todos os materiais constituintes foram adicionados na central. O tempo médio de transporte foi de 40 minutos e a temperatura média ambiente era de 26ºC. Preparação para aplicação do CAA Para prevenir que o concreto fluísse dos trechos de lajes com maior cota para o de menor, foram construídos diques, como ilustra a figura 3. Vigas invertidas e escadas foram concretadas com concreto convencional (figura 4). Nos locais onde era possível a entrada de concreto nas peças cerâmicas da laje mista, os orifícios dos tijolos foram tampados com argamassa ou membrana plástica. Os furos dos tijolos, nas faces entre dois tijolos, não necessitaram ser tampados. Os espaços entre vigotas pré-fabricadas justapostas foram preenchidos com argamassa. fonte: Revista Téchne.




 SEJA UM LÍDER. Conseguir as coisas no grito é coisa do passado. Para se tornar um líder e conquistar sua equipe, você precisa ser mais comunicativo e conciliador. As obras devem ter bons líderes para que possam acontecer dentro de um ambiente de trabalho harmonioso e saudável. Todas as atividades da obra necessitam de direcionamento e comando. Mas a importância dada ao assunto e, principalmente, o perfil esperado desses líderes vêm mudando muito nos últimos anos. Uma das figuras que exemplifica essa mudança é o mestre-de-obras. No passado, exigia-se desse profissional um pulso firme e muita autoridade, às vezes até demais, para controlar os serviços ou as coisas não andavam. Nos últimos anos, porém, o mestre-de-obras se transformou em um agente motivador de pessoas, e seu papel é fazer com que todo mundo dê o máximo de si para que a empresa cumpra objetivos e prazos. Para isso, hoje ele precisa dialogar mais e tratar a equipe com muito respeito e profissionalismo. Essa troca de perfil se deve muito às mudanças nas empresas e à capacitação cada vez maior dos profissionais. "No passado, a formação se baseava exclusivamente nos anos de experiência no canteiro. Em compensação, hoje os futuros mestres estudam mais e buscam escolas e as empresas para complementar, com cursos, sua formação prática", conta Lúcia Meili, diretora de Recursos Humanos da MPD Engenharia. Emerson Pompeo, gerente geral de engenharia da Rossi, concorda com a colega da MPD e lembra que o grau de escolaridade médio do pessoal que trabalha em obras aumentou tanto, que hoje o mestre já realiza até planejamentos e avaliações de resultados junto com o engenheiro. "Quem trabalha na obra hoje já entende a importância de ler, realizar cursos, adquirir cultura e se informar", diz Pompeo. Questão de confiança Diferente do que muitos imaginam liderar não é, necessariamente, uma qualidade que nasce com a gente, mas uma combinação de conhecimentos que podem ser aprendidos se a pessoa tiver interesse. "Experiência e reflexão: é assim que se aprende a pensar nas próprias ações e sentimentos", destaca Jolivan Lopes Galvão, professor da escola Senai-SP Orlando Laviero Ferraioulo. Nesse sentido, um dos grandes desafios para quem exerce algum tipo de comando é saber se relacionar com os colegas, os subordinados e a chefia. Afinal, a capacidade de liderança está baseada principalmente na confiança que a equipe tem no líder e em sua capacidade de executar o trabalho. É por esse motivo que a pessoa que almeja sucesso em posto de chefia deve aprimorar constantemente as habilidades de convívio com as pessoas, respeitando e valorizando a contribuição de cada um para o trabalho coletivo. Ele deve cobrar na medida certa e administrar conflitos com tranqüilidade e sabedoria. "O bom líder é o profissional que consegue aliar o conhecimento técnico com a habilidade de gerenciar pessoas. É aquele que conhece a sua equipe, reconhece o bom desempenho e cria o comprometimento com a qualidade e resultado. Resumindo, é a pessoa que trabalha para o grupo, com foco no resultado e no aproveitamento dos talentos", resume Lúcia Meili. Também se espera do líder que ele ajude a educar as pessoas e multiplicar as boas práticas. Deve manter sua equipe entusiasmada e dedicada. Para isso, o líder precisa se mostrar aberto, saber se comunicar e ouvir com atenção os subordinados. Nesse ponto, vale a dica da diretora de RH da MPD. "O caminho é se aperfeiçoar sempre e não se esquecer de aprender também com os mais experientes, não só a parte técnica, mas principalmente a lição de vida que as pessoas têm para passar", conclui a diretora de Recursos Humanos Lúcia Meili. Dicas para liderar as pessoas e ser respeitado » Mantenha a ordem durante todas as fases da obra » Seja amigo e sociável » Tenha idéias novas e interessantes. Seja criativo » Saiba escutar e tente compreender as outras pessoas » Seja firme e decidido. Não hesite » Admita abertamente seus erros » Seja claro e faça com que todos entendam o que você quer » Quando surgir um problema, envolva a equipe para encontrar as soluções » Elogie com freqüência e faça apenas críticas construtivas » Não repreenda as pessoas em público » Siga as regras e os procedimentos para servir de exemplo » Não manifeste rancor nem insatisfação. Prefira a conversa Fonte: Jolivan Lopes Galvão, professor do Senai-SP Os líderes e seus papéis Veja qual a responsabilidade dos principais líderes da obra Coordenador - responde pelo resultado da obra e administra a equipe de engenheiros, técnicos e mestres-de-obras. Mestres-de-obras - cuidam da coordenação dos encarregados e da distribuição dos trabalhos entre as equipes de produção. Encarregados - são os responsáveis pela orientação e acompanhamento do trabalho das equipes operacionais. fonte: Revista Equipe de Obra




CORROSÃO DE ARMADURAS. Pode-se definir corrosão como a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica. Basicamente, são dois os processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita. Por oxidação entende-se o ataque provocado por uma reação gás-metal, com formação de uma película de óxido. Este tipo de corrosão é extremamente lento à temperatura ambiente e não provoca deterioração substancial das superfícies metálicas, salvo se existirem gases extremamente agressivos na atmosfera. Este fenômeno ocorre, preponderantemente, durante a fabricação de fios e barras de aço. Ao sair do trem de laminação, com temperaturas da ordem de 900°C, o aço experimenta uma forte reação de oxidação com o ar ambiente. A película que se forma sobre a superfície das barras é compacta, uniforme e pouco permeável, podendo servir até de proteção relativa das armaduras contra a corrosão úmida posterior, de natureza preponderantemente eletroquímica. Antes do aço sofrer trefilação a frio, para melhoria de suas propriedades, esta película, denominada carepa de laminação, deve ser removida por processos físicos, do tipo decalaminação, ou químicos, do tipo decapagem com ácidos. A película inicial é substituída por outra de fosfato de zinco ou de hidróxido de cálcio, que são utilizados como lubrificantes do processo podendo ser, à semelhança da primeira, débeis protetoras do aço contra a corrosão úmida. Por não ser este o fenômeno principal de corrosão nas estruturas convencionais, não será aprofundado no presente trabalho. Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza preponderantemente eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a superfície dos fios ou barras de aço. Esta película é causada pela presença de umidade no concreto, salvo situações especiais e muito raras, tais como dentro de estufas ou sob ação de elevadas temperaturas (> 80°C) e em ambientes de baixa umidade relativa (U.R.< 50%). Este tipo de corrosão é também responsável pelo ataque que sofrem as armaduras antes de seu emprego, quando ainda armazenadas no canteiro. É o tipo de corrosão que o engenheiro civil deve conhecer e com a qual deve se preocupar. É melhor e mais simples preveni-la do que tentar saná-la depois de iniciado o processo. Embora num processo corrosivo sempre intervenham reações químicas e cristalizações de natureza complexa, será apresentado, a seguir, um modelo simplificado do fenômeno de ataque eletroquímico, que serve para explicar a maioria dos problemas e fornece as ferramentas básicas para sua prevenção. Corrosão em meio aquoso O mecanismo de corrosão do aço no concreto é eletroquímico, tal qual a maioria das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido (U.R. > 60%). Esta corrosão conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados ferrugem, e só ocorre nas seguintes condições: deve existir um eletrólito; deve existir uma diferença de potencial; · deve existir oxigênio; podem existir agentes agressivos. O Papel do Cobrimento de Concreto Uma das grandes vantagens do concreto armado é que ele pode, por natureza e desde que bem executado, proteger a armadura da corrosão. Essa proteção baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, através de proteção física e proteção química. Proteção física Um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade, sem "ninhos", com teor de argamassa adequado e homogêneo, garante, por impermeabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos externos. Esses agentes podem estar contidos na atmosfera, em águas residuais, águas do mar, águas industriais, dejetos orgânicos etc. Não deve, tampouco, conter agentes ou elementos agressivos internos, eventualmente utilizados no seu preparo por absoluto desconhecimento dos responsáveis, sob pena de perder, ou nem mesmo alcançar, essa capacidade física de proteção contra a ação do meio ambiente. Proteção química Em ambiente altamente alcalino, é forma­da uma capa ou película protetora de caráter passivo. A alcalinidade do concreto deriva das reações de hidratação dos silicatos de cálcio (C3 S e C2S) que liberam certa porcentagem de Ca(OH)2, podendo atingir cerca de 25% (~100 kg/m3 de concreto) da massa total de compostos hidratados presentes na pasta Essa base forte (Ca(OH)2 ) dissolve-se em água e preenche os poros e capilares do concreto, conferindo-lhe um caráter alcalino. O hidróxido de cálcio tem um pH da ordem de 12,6 (à temperatura ambiente) que proporciona uma passivação do aço. O potencial de corrosão do ferro no concreto pode variar de + 0,1 a -0,4 V, segundo a permeabilidade e as características do concreto, para temperaturas de 25°C. A função do cobrimento de concreto é, portanto, proteger essa capa ou película protetora da armadura contra danos mecânicos e, ao mesmo tempo, manter sua estabilidade. Pode-se dizer que a película passivante é de ferrato de cálcio, resultante da combinação da ferrugem superficial (Fe(OH)3 ) com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2 ). Portanto, a proteção do aço no concreto pode ser assegurada por: elevação do seu potencial de corrosão em qualquer meio de pH > 2, de modo a estar na região de passivação (inibidores anódicos); abaixamento de seu potencial de corrosão, com o fim de passar ao domínio da imunidade (proteção catódica); e manter o meio com pH acima de 10,5 e abaixo de 13, que é o meio natural proporcionado pelo concreto, desde que este seja homogêneo e compacto. fonte:http://www.ecivilnet.com